domingo, 18 de maio de 2008
ME TORNEI MELHOR QUE EU
Me tornei melhor que eu
Me tornei menina,
Me tornei poeta
Tornei-me o que falou mais forte...
Me vi cabelos,
Tornei-me mãos
Tornei seus olhos meus olhos
Me tomei de paixão
Toquei música
E meus caminhos suavizei
Me tornei melhor que eu
Tentei me reunir em uma sala,
Mas decidi sair por aí
Espalhada em mim mesma.
Decidi sair por aí
E só voltar mulher,
De batom provocante,
Voltei vestida de mim.
Minha roupa sou eu mesma
Me tornei melhor que eu
Sem me despir de mim.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
AMIGO VESTIDO DE AMIGO...
Que meu amigo sempre preserve
O brilho do meu olhar.
E saiba que meu ombro chora
Quando ele sofre.
Carregue meu silencio
Em silencio.
E o riso,
Coloquemos em garrafa
Para abrir nas madrugadas.
Que se faça festa
E nos embriaguemos
Um com o outro.
Que minha cumplicidade
Se faça tapete
Onde suas idéias inquietas
Reinem
Se faça criança
De pés sonhadores
Que flutuem no sabão...
Que minha aquiescência
Se faça entendida.
Meus dissabores,
Sejam bebidos e esquecidos
Em uma taça de vinho.
Que seus passos
Eu sinta ao chegar
E seus braços sejam fortes
Para ampararem minha rebeldia.
Que emplaque meu grito
E o deixe correr solto...
Que meu suor seja o seu
E vire água corrente.
E o amor corra no sangue,
Como antídoto
Que nos cure de nós mesmos.
Meu bom amigo
Que a vida seja sempre pouca
No nosso quintal.
E que tudo
Seja entendido pelo olhar...
Que a humildade,
Brote de nossa pele,
Que os sonhos
Embalem nossos corpos.
E em nosso prato
Esteja nossa fome
E a loucura,
Em nosso cálice.
E nossas mãos dispostas
Ao lado uma da outra...
Nossas almas vestidas de nós.
Alma vestida de amigo,
Amigo vestido de amigo...
segunda-feira, 7 de abril de 2008
NÃO CALO... CONSERVO
Rodrigo...
Não tem como agradecer
O que sinto...
A palavra encontra
Um ninho para pensar,
À hora certa de escutar.
As coisas que não escolhemos,
São as que nos fazem seguir.
E o tempo
Me dá de presente,
Outro dia com você.
E ele não passa
Para o que é de graça.
Deixe a febre queimar...
Deixo o grito gritar
O calor saber,
Que só ele tem vez.
Deixo a razão procurar
O que quer desabafo.
Pois tudo que necessito,
Está aqui
No meu quintal...
O desalinho não calo...
Conservo dentro de mim.
PAISAGENS
Francisco...
Te ver é uma coisa
Que não se explica mais...
O amor comemora sem ser data,
Passou a ser um estado,
Estado da mente.
Amor que veste corpo,
Corpo que veste alma.
Falo, penso, sinto
Tudo misturado...
Do turbilhão tiro a tranquilidade,
Do veneno o remédio
E me curo do que não gosto.
De ti a queda livre,
Onde os sentimentos se misturam,
Sem se saber...
Sem saber se bons ou ruins.
Pulo que me faz livre
Queda que encontra,
O sentido das paisagens,
Que estão dentro de você.
domingo, 30 de março de 2008
ME PERCO
Não há nada
Que não faça por mim,
Nada.
E cada vez
Que um pedaço que amo,
Se vai,
Perco um pedaço de mim...
Perco o rumo.
Não sei o que deixo pra trás...
Nesses momentos,
Me encontro com uma estranha
Que vive
E respira dentro de mim.
E eu sinto,
Que a verdade
Não é o que seus olhos vêem.
Elas vem de mãos e pés,
Que convivem dentro de mim.
Que esse momento me fale
O que não sei mais...
Que seja forte,
Pois meus olhos permanecem,
Com algo a dizer.
Pensam na vida
Como se fossem carregá-la
No olhar.
O QUE SE DEIXA AO SAIR...
Seu sorriso encontrou
A alma feita.
Entrou
Como se ali fosse seu lugar
E a noite passou assim,
Como a muito queria,
Como a muito não se via cortejada...
Hoje não vou dormir,
Para que essa noite transborde
E se farte.
Deixe todo mundo ver
O segredo da calma
Estampado na cara.
Hoje a noite não vai dormir...
Vai ficar sem saber o que fazer,
Na hora que se soltar
Do abraço.
Quarto vazio
Cama que espera,
O que passa da porta,
E fica
Ao sair...
FECHO A PORTA
O que pertence a mim
É tudo que eu tenho.
Por instinto,
Tomo a direção errada
Como a melhor coisa a fazer...
Parece que tudo e as pessoas
Vão morrendo antes de mim,
O duro é não ver mais...
Isso me assusta mais que o vazio,
Mais que a simpatia.
Isso inquieta o inquieto,
Que mora na mesma rua que eu
Sinto seus passos,
O estalo de seu pensamento
Me inunda de um sonho,
Que não pode se realizar.
Os fantasmas descansam,
Como se não houvesse
Outra coisa a fazer...
Enquanto vivo o azul,
O prazer é todo meu,
Mesmo não podendo comprar
O que não tenho.
Fecho a porta,
Para que não saia
O que mais quero.
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