segunda-feira, 7 de abril de 2008

NÃO CALO... CONSERVO


Rodrigo...


Não tem como agradecer
O que sinto...
A palavra encontra
Um ninho para pensar,
À hora certa de escutar.
As coisas que não escolhemos,
São as que nos fazem seguir.
E o tempo
Me dá de presente,
Outro dia com você.
E ele não passa
Para o que é de graça.
Deixe a febre queimar...
Deixo o grito gritar
O calor saber,
Que só ele tem vez.
Deixo a razão procurar
O que quer desabafo.
Pois tudo que necessito,
Está aqui
No meu quintal...
O desalinho não calo...
Conservo dentro de mim.

PAISAGENS


Francisco...


Te ver é uma coisa
Que não se explica mais...
O amor comemora sem ser data,
Passou a ser um estado,
Estado da mente.
Amor que veste corpo,
Corpo que veste alma.
Falo, penso, sinto
Tudo misturado...
Do turbilhão tiro a tranquilidade,
Do veneno o remédio
E me curo do que não gosto.
De ti a queda livre,
Onde os sentimentos se misturam,
Sem se saber...
Sem saber se bons ou ruins.
Pulo que me faz livre
Queda que encontra,
O sentido das paisagens,
Que estão dentro de você.