domingo, 30 de março de 2008

FECHO A PORTA


O que pertence a mim
É tudo que eu tenho.
Por instinto,
Tomo a direção errada
Como a melhor coisa a fazer...
Parece que tudo e as pessoas
Vão morrendo antes de mim,
O duro é não ver mais...
Isso me assusta mais que o vazio,
Mais que a simpatia.
Isso inquieta o inquieto,
Que mora na mesma rua que eu
Sinto seus passos,
O estalo de seu pensamento
Me inunda de um sonho,
Que não pode se realizar.
Os fantasmas descansam,
Como se não houvesse
Outra coisa a fazer...
Enquanto vivo o azul,
O prazer é todo meu,
Mesmo não podendo comprar
O que não tenho.
Fecho a porta,
Para que não saia
O que mais quero.

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